Coleta: números, base de dados e estratégias
Para realizar as análises do MonitorA 2022, selecionamos 198 perfis de candidaturas, entre mulheres e homens de todas as regiões do país. Escolhemos candidatas(os) que se distribuíssem entre diferentes pertencimentos étnico-raciais, idades, identidade de gênero, orientação sexual, regionalidades e posicionamentos ideológicos diversos.
O monitoramento foi realizado por meio da coleta de postagens, de comentários e de outras interações realizadas pelos usuários, no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. A coleta foi realizada de forma automatizada, por meio de programação com linguagem Python.
Em relação ao TikTok, foi conduzida uma netnografia na plataforma, durante o período da campanha eleitoral. A netnografia, termo cunhado por Robert V. Kozinets (2015), é um conjunto de práticas e métodos de pesquisa voltados a fenômenos sociais que se dão no espaço online. No caso do TikTok, a pesquisa conduzida por Lux Ferreira focou-se nas narrativas, padrões de produção de conteúdo, mobilizações de ferramentas próprias e reações de demais usuários, em dinâmicas de interação por comentários na plataforma de compartilhamento de vídeos curtos.
O léxico de termos ofensivos, isto é, palavras e termos frequentemente usados em discursos de ódio sexistas nas redes, foi atualizado a partir de experiências anteriores de pesquisa, e refinado a partir dos dados coletados nesta edição do projeto. Esse léxico foi utilizado para filtrar os resultados obtidos, para estudo aprofundado das narrativas violentas direcionadas às candidatas e aos candidatos.
Desenvolvida em diferentes etapas, a metodologia foi realizada da seguinte forma: